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Europa pretende alcançar neutralidade climática até 2050

Europa pretende alcançar neutralidade climática até 2050

A Comissão Europeia tornou público, na última semana, plano de metas climáticas para reduzir suas emissões de gases de efeito de estufa (GEEs) em pelo menos 55% abaixo dos níveis de 1990 até 2030. O plano traça caminho mais ambicioso para alcançar a neutralidade climática, estimular a criação de empregos verdes e descarbonizar a economia.

Entre as medidas apresentadas, estão: criação de taxa sobre as emissões de carbono em produtos importados; maior incentivo a fontes de energia renováveis; limites mais rígidos para as emissões de automóveis (responsáveis por 15% das emissões de CO2 dentro do bloco); reformas em edifícios para aumentar a eficiência energética; e criação de imposto sobre combustível para a aviação.

“Com base nas políticas existentes e nos planos dos Estados-Membros, estamos a caminho de ultrapassar a nossa meta atual de 40% para 2030. Isso mostra que ser mais ambicioso não é apenas necessário, mas também realista”, afirmou Kadri Simson, comissária europeia de energia.

O plano, que ainda precisa de aprovação do Parlamento Europeu e negociação entre os 27 Estados-membros do bloco, coloca a Europa no caminho para alcançar a neutralidade climática até 2050. A União Europeia também espera que seus parceiros internacionais adotem metas mais ambiciosas para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 Cº e evitar consequências climáticas mais graves.

Estima-se que, em 2030, o consumo de carvão seja reduzido em mais de 70% em relação a 2015, e o de petróleo e gás em mais de 30% e 25%, respectivamente, enquanto a energia renovável tem sua participação aumentada. Em 2030, atingiria 38% a 40% do consumo final bruto.

“Com a nova meta de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa da UE em pelo menos 55% até 2030, abriremos o caminho para um planeta mais limpo e uma recuperação verde. A Europa sairá mais forte da pandemia do coronavírus, investindo em uma economia circular eficiente em recursos”, afirmou a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen.