Pesquisadores sul-coreanos criam máscara 100% biodegradável
A demanda crescente por equipamentos de proteção individual (EPIs), como as máscaras, fez crescer o uso e descarte de plásticos descartáveis na natureza. Em busca de uma alternativa mais sustentável, pesquisadores da Coreia do Sul desenvolveram uma máscara 100% biodegradável, que se decompõe em quatro semanas no solo e tem proteção de 98,3% contra vírus e poeiras finas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 89 milhões de máscaras médicas sejam necessárias por mês neste ano. No Brasil, os impactos já estão sendo sentidos. Em 2020, a geração de lixo hospitalar cresceu 20% em comparação ao ano anterior. A esperança é que as máscaras biodegradáveis minimizem o acúmulo de lixo na natureza.
Os cientistas responsáveis pela nova criação pertencem ao Instituto de Pesquisa de Tecnologia Química da Coreia, localizado na cidade de Ulsan. De acordo com eles, a máscara permite uma respiração melhor, graças ao filtro ecológico, confeccionado com camadas de nanofibra entrelaçadas e revestido de microfibra.
A nova máscara é resistente à umidade, e oferece nível de proteção equivalente às máscaras PFF2/N95, que possuem maior capacidade de filtragem, impedindo que as partículas contaminadas penetrem os espaços entre o nariz e os olhos, o que pode ocorrer com as máscaras cirúrgicas e de tecido.
Em entrevista ao jornal The Philippine Star, das Filipinas, o pesquisador Sung Yeon Hwang, ressaltou que as máscaras de plástico contaminadas são difíceis de reciclar e devem ser incineradas ou enviadas para aterros. “Acreditamos que as máscaras biodegradáveis sejam a resposta para este problema”, disse.
Para Christian Dunn, especialista em microplásticos, a sociedade precisa estar consciente das implicações da Covid-19 para a saúde, mas não pode se distrair dos problemas ambientais. O Sars-CoV-2 “eventualmente irá embora, o lixo plástico não, estará aqui para sempre”, destacou.
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