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Tailândia vai banir sacolas descartáveis até 2022

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Tailândia vai banir sacolas descartáveis até 2022

A Tailândia é um dos países que mais consomem produtos derivados do plástico no mundo, despejando a maior parte do lixo no mar. Em junho de 2018, uma baleia-piloto morreu no país após ingerir 80 sacolas que, juntas, pesavam cerca de oito quilos. Outra, da espécie cachalote, foi encontrada morta quatro meses depois por ingerir mais de mil fragmentos de plástico. Diante da gravidade da situação, o governo tailandês estuda proibições do material.

A proposta é eliminar sacolas plásticas finas de uso único até 2022 e, três anos mais tarde, banir canudinhos e copos descartáveis que possuem petróleo em sua composição. Nos próximos 20 anos, a Tailândia pretende extinguir 70% das sacolas mais grossas, utilizadas principalmente em shoppings.

Apesar de cruciais do ponto de vista ambiental, as medidas esbarram na pressão da indústria e de parte da sociedade, afinal, o material está em toda parte: copos de café, embalagens de comida e uma gama de descartáveis. Segundo o Departamento de Controle de Poluição da Tailândia, o país produz mais de 2 milhões de toneladas de resíduos plásticos por ano. Menos da metade é reciclada ou eliminada. Um levantamento do Greenpeace indicou que há 2.490 centros de gestão de resíduos no país, mas apenas 466 contam com instalações e equipamentos adequados para evitar a poluição do ar e da água.

O país, junto de China, Indonésia, Filipinas e Vietnã, despejam aproximadamente 4 milhões de toneladas de plástico no mar todos os anos, segundo a ONG Ocean Conservancy. Juntos, eles são responsáveis por 60% de todo resíduo plástico encontrado nos oceanos.

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